Se o Seu Perfil no Facebook Fosse um Curriculum Vitae, Você Seria Recrutado?
Nos últimos anos temos verificado que as redes sociais são muito utilizadas no mercado de trabalho, das mais variadas formas. Novos projetos, pequenas empresas ou grandes multinacionais não hesitam em investigar nas redes socias onde estão os melhores talentos e saber um pouco mais sobre um determinado candidato a emprego. A questão impõe-se, se por hipótese, o seu perfil no Facebook fosse um Curriculum Vitae, você seria recrutado?
Um estudo recente efetuado nos Estados Unidos, descobriu que mais de 90% dos responsáveis pelos recrutamentos não resistiram a visitar o perfil das redes sociais de um potencial candidato, como complemento do processo de seleção.
O mesmo estudo garante ainda que 69% dos recrutadores já rejeitaram um candidato com base no conteúdo encontrado no seu perfil das redes sociais. Uma percentagem e proporção praticamente igual foram aqueles que afirmaram ter encontrado pelo menos um candidato com base nesse tipo de pesquisa.
Remetendo estes factos para a realidade portuguesa, poderá significar que, apesar do LinkedIn ser o site social mais indicado para contactos profissionais, poderá ser ao Facebook que os recrutadores estão mais atentos.
- O que procuram nos perfis?
- Que informações pretendem obter?
- Correrá algum risco profissional com aquilo que escrever ou publicar?
- As fotos e o contexto onde são tiradas, poderão prejudica-lo?
- Será que já foi eliminado de algum processo de recrutamento pelo conteúdo que tem no Facebook?
Na verdade, só existe um motivo para o qual o recrutador querer “entrar” no seu perfil: saber mais sobre si. Saber mais do que aquilo que você colocou no seu CV: informações estáticas, conteúdos pensados, textos elaborados, referências, habilitações ou experiência.
Ao entrar no seu perfil, um recrutador irá tentar perceber as suas preferências, gostos, interesses e os seus hábitos diários. Os locais que visita, que frequenta, a sua família e com quem se relaciona na generalidade. O que diz, e sobretudo as suas opiniões espontâneas.
Talvez seja exagero pensar que algum recrutador o exclua de um processo de seleção porque não gostou dos seus amigos ou das suas páginas preferidas. Mas pelo que você habitualmente faz com os seus amigos, já não será assim tão descabido.
O importante aqui não é identificar o que deverá ou não publicar, ou o facto de dizer bem de tudo e nunca fazer críticas destrutivas exageradas ou sem critério. O que realmente é importante pensar é que, qualquer pessoa, sendo ou não recrutador, pode tirar conclusões precipitadas (ou não) sobre si, a partir das suas atividades nas redes sociais.
Conclusão
Com tudo aquilo que publicamos – comentários, opiniões, fotos, vídeos, música, estados de espírito – formamos aquilo que na globalidade será o nosso perfil, de dentro para fora da internet.
Efetivamente pode haver interesse das empresas recrutadoras em saber um pouco mais sobre os candidatos e, realmente, meios para o conseguir não lhes faltam. Por um lado, podem ganhar tempo, pré-selecionando de uma forma mais assertiva. Por outro, na hora da decisão final entre dois candidatos, pode até ser preponderante.
Existe pois toda uma envolvência e conjunto de fatores que o obriga a estar sempre atento na presença e atividade nas redes sociais. Não descarte a hipótese de alguma vez, algum dia, possa estar mesmo sob análise profissional.
Concorda comigo?