Os domínios .pt, até hoje reservados apenas para marcas e empresas irão agora ser liberalizados, o que permitirá a qualquer pessoa registá-los.
Embora se trate de um assunto que tem vindo a ser discutido há vários anos, só agora saiu a decisão que materializa a liberalização dos domínios .pt.
Como é sabido (embora discutível), os portugueses, quando têm de lidar com este tipo de assuntos, são sempre um bocadinho mais lentos e resistentes à mudança, e talvez por isso, se justifique a tomada desta decisão ter demorado cerca de 5 anos para ser tomada.
Neste momento, existem cerca de 126.000 domínios .pt, 31.000 .com.pt e edu.pt cerca de 7.000.
A liberalização dos domínios .pt vai ocorrer a partir de dia 1 de Maio de 2012.
Antes desta data, entre 1 de Março e 30 de Abril, será permitido apenas a marcas, proceder ao registo, caso ainda não o tenham feito até essa data.
Esta medida percebe-se perfeitamente, já que permite às marcas salvaguardarem os domínios com da marca.
Na minha opinião (mais ou menos óbvia), esta decisão peca por tardia. Somos muito evoluídos para umas coisas, mas muito lentos para outras, e enquanto, nesta altura pelo mundo fora, se andam a discutir outros assuntos muito mais pertinentes, nós ainda estamos a tomar decisões que já deviam ter sido tomadas há muitos anos atrás.
Seja como for, é caso para dizer: Finalmente!
E você vai aproveitar para fazer algum registo de domínio .pt?
Caro João não concordo nem vejo grande vantagens, porque prevejo a balbúrdia total que existe nos .com. Se as restrições eram exageradas, corremos agora o risco de passar de um extremo ao outro. Isto pode querer dizer, a título de exemplo, que alguém pode registar o dominioquaseigualaoseu.pt enquanto actualmente não o poderia fazer porque não era o dono dessa marca. A restrição existente podia até ser contornada com os .com.pt ou com os .pt mas os .pt mantinham-se legais e submissos ao INPI. É que lberalizando, “amanhã” pode alguém registar algo quase idêntico ao “meu” .pt que tantas horas de SEO me levou… Está-me a escapar algo óbvio? É que não estou a ver as vantagens.
@283d17a300598ed81b6d98c055a80f7e:disqus
Obrigado pelo comentário Pedro.
Além de mostrar uma perspetiva interessante, é muito pertinente.
Eu concordo com o evitar uma balbúrdia, mas não acredito que venha a ser o caso.
Mesmo no caso dos .com, as marcas estão sempre salvaguardadas. Por exemplo: não é possível registar um domínio com google ou facebook no nome, e caso isso aconteça, já que alguns registrars não bloqueiam logo na raíz, o mais provável será a empresa ser notificada que não pode manter aquele domínio. Sei que é assim porque já o vi acontecer com algumas pessoas.
Além de que, como disse no artigo, as marcas e empresas dispõem de um período que lhes está reservado para registarem os domínios, caso ainda não o tenham feito.
Quanto à questão do SEO, não creio que isso venha a ser um problema. Até pode haver alguns concorrentes que surjam, mas não me parece que venha a ser um problema. Até porque se os outros podem registar domínios com keywords importantes, você também vai poder fazê-lo, e assim reforçar ainda mais as suas marcas e os seus sites.
Além de que, com esta liberalização, poderemos investir em domínios ricos em keywords, o que é ótimo para SEO, algo que era muito difícil e limitado até hoje.
Mas concordo que deverá haver agora e sempre a proteção das marcas. Isso parece-me mais ou menos óbvio, sob pena de virar o oeste selvagem, o que, como disse, não me parece que venha a acontecer.
Em relação a SEO de domínios novos, e tendo em conta os últimos avanços do Google, nomeadamente do Panda, creio que um domínio sem conteúdo de pouco vai valer. Os redirects, sem nada, suponho que contarão quase como lixo. Por isso, quem já existe com bons conteúdos vai continuar a ter vantagem. Como diz, e concordo, conteúdo é rei! Acrescento que BOM conteúdo é imperador. 🙂 Obrigado pela resposta ao comentário.
@283d17a300598ed81b6d98c055a80f7e:disqus
Eu é que agradeço o comentário Pedro.
Não só faz todo o sentido, como eu disse, mas também levanta questões muito pertinentes, que eu não abordei no artigo.
Aliás, eu também ainda não sei como será a implementação desta medida, por isso também ainda tenho algumas dúvidas.
Quanto aos domínios, estou 100% de acordo. Já tiveram bem mais peso que aquele que têm hoje.
Na perspetiva de empresas que já tenham domínios .pt, poderá ser vantajoso em situações do tipo:
– criação de um blog corporativo ou um segundo site noutro endereço diferente do site atual
– para alguns tipos de redirects
(ex: domínio com nome da empresa http://www.pak.pt, em que o novo domínio seria algo tipo embalagenspak.pt )
– para registar typos (ussando o mesmo exemplo, pode assim registar pac.pt, pack.pt, etc e fazer redirects para o site atual. Já que estes são feitos apenas para proteção da marca, não existe qualquer problema com o Google)
Tirando isso, só valerá algo para domínios novos, já que os redirects à toa, não terão qualquer valor, como você disse.