Qual a Melhor Estratégia Para Ultrapassar a Crise?
Desde que fomos assolados pelas consequências do descalabro do sistema financeiro e económico, que muitas empresas não conseguem resistir e acabam por fechar as suas portas. Em 2011 abriram falência cerca de 10 empresas por dia, e em 2012 esse número já aumentou quase 50% (46,7%). Impressionante (no mau sentido, claro)!
Será que a estratégia do Low Cost é a salvação? Será a única? Será que se aplica em qualquer caso? É financeiramente viável?
Todas estas são questões relevantes que devem ser equacionadas antes de enveredar pela implementação de uma estratégia para tentar ultrapassar as dificuldades.
Se prestarmos mais atenção ao que vai acontecendo nos vários mercados, mobiliários, imobiliários, etc, vamos – com alguma facilidade – concluir que existem alguns nichos que não têm sofrido nada ou muito pouco com esta “crise”. E existe algo que esses nichos têm em comum entre si: são artigos de valor elevado ou artigos considerados “de luxo”.
Sem querer politizar este artigo, a verdade é que, como é hábito, quem “paga a conta” com maior sacrifício é a classe média, como sempre foi até aqui, e como continuará a ser, pois é uma situação confortável para quem governa.
Talvez por isso, entre outros motivos, as classes mais altas não sofram tanto, ou por outro lado, até aproveitam para investir mais e ganhar mais dinheiro, o que acaba por se refletir no consumo.
Ora, se considerarmos que, muitos negócios estão a aderir à estratégia do “Low Cost” para conseguir vender ou até sobreviver, vale a pena pensar se será este o único (ou melhor) caminho, sabendo que existe um nicho da sociedade, que tem muito dinheiro para gastar e que não tem qualquer problema em o fazer.
Mas será que esse nicho procura o Low Cost? Claro que não!
Procuram produtos e serviços de eleição, com boa reputação e preços consideravelmente altos, pois aqui ainda se respira muito aquela máxima: “Se é caro, é bom!”.
Não será então esta uma janela de oportunidade para as empresas abrirem um novo canal de negócio, especialmente dedicado ao mercado de luxo?
Pelo menos sabemos que, com crise ou sem ela, este nicho continua a consumir o mesmo, ou até mais, do que antes da crise.
É certamente uma alternativa ao “excessivamente usado” Low Cost, que embora possa servir certos propósitos, e muito bem diga-se de passagem, não será provavelmente a abordagem mais indicada para satisfazer certo tipo de necessidades que existem na sociedade.
Não existe uma fórmula mágica para escapar incolume à crise e aos seus efeitos, mas existem certamente algumas estratégias que potenciam mais o sucesso e minimizam os efeitos negativos das quebras do consumo.
Qual é então a melhor estratégia para ultrapassar a crise?
A verdade é que não existe uma única resposta, pois depende de muitos aspetos, e aqui cada caso deve ser visto como uma situação única. Nem eu nem ninguém tem uma resposta única e 100% certa que se aplique a todos os casos, mas o tema merece certamente alguma reflexão.
O que acha que fará sentido as empresas e negócios fazerem para ultrapassar estes obstáculos?